quinta-feira, 8 de março de 2012

"Eu tenho casa na MartinS!"

Todo mundo fala mal ou dos rico ou dos pobre. Meu negócio é enchê a paciência da classe média, porque a gente muitas vezes ultrapassa as barreiras do ridículo.
Já dei o exemplo das viagens, mas tem um outro que é clássico: “a casa da praia” ou “o sítio”.

 Que será que é essa neura pra ter uma casa na praia ou um sítio hein¿ Não entendo... porque deixam tudo largado mesmo, com coisa veia e quebrada, então pra que tê¿ Aluga pedaço na Armavale e manda suas coisa quebrada pra lá, aí de vez em quando cê passa lá pra vê, pode até í de sunga, fica bem mais barato, e mais perto – pra quem não sabe a Armavale é na Dutra em Jacacity.

Começa pela escolha da casa né... ao invés de guardar dinheiro mais uns anos e comprar casa num lugar bacaninha, não. “A Marlene cismô que qué uma casa em Caraguá esse ano”. Aí vai os trôxa e compram uma casa que normalmente é escura, pouco ventilada e com muita barata no meio do fuá de Caraguá City porque o cara só queria saber se tinha churrasqueira e a mulher ficou sonhando com uma nova fase do casamento, com os dois juntos, passeando na praia de mãos dadas, ela de chapéu, com cara de rycah que nem olhou direito pra casa. (duro a gente não se imaginar de verdade né, com uma canga de 1997 amarrada "em v" no pescoço e as canela branca fina sobrando)




A Marlene compra uns copo de plástico (não descartável, daqueles tipo de piscina, que vendem no Extra ou na entrada da Tok Stok, rs) laranja e verde, uns pano de prato novo, 2 beliches e uma panela de pressão. O Ailton compra um baralho, um kit churrasco e pronto, é tudo o que essa coitada dessa casa vai ver de coisa nova. Porque vai a geladeira véia do cunhado, o sofá que tava na edícula, os colchão podre amarelado da casa da sogra... E dá-lha prato, panela, talher, roupa de cama e mais um monte de cacareco tudo descombinado, velho, caquento. Affff, me dá raiva só de escrever, ce acredita¿

Eu ainda fico na dúvida qual casa sofre mais, se as de sítio ou as de praia porque as de sítio nunca vêem nada novo e as de praia ganham uns presentes de vez em quando mas é um tal de canga com fundo vermelho e flor amarela cobrindo o sofá, cinzeiro do Aquário de Ubatuba e quadro de peixe comprado em loja de bóia que dá até pena...  

E já que puxei o assunto do sítio, vamo lá: o que faz um cidadão saí de casa, onde tem jardim, praça, computador, TV, sofá limpo e cozinha com panela nova, pegá 55km de estrada normal, 12km de estrada de barro pra chegá num pedaço de terra cheio de mato alto, besouro, sapo, barata e mariposa bruxa¿ Compra um “sítio” mas não gasta um centavo com um paisagismo bacana, num cavalinho, nuns bichinho (mamífero, não cigarra), nem sequer numa ducha (pq se eu falar piscina vem uns cara me chamar de elitista). Porra se não é pra ter algo agradável pra admirar, fazer o queeeeeeeeeeeeeeeee lá¿ Gastá tubo de SBP¿



Fora os que tem sítio em bairro afastado que antes eram área rural e agora viraram periferia! Vende, filho! Vende, bem! É como um paulistano morar na Angélica e ter casa em São Miguel Paulista! Coisa de retardado!

Então, pra terminar, como já disse o sábio Leandro Hasun “ou a pessoa tem dinheiro pra ter duas casas confortáveis, bem montadas e bonitas ou então fica só com uma!”.

Bjo bjo!
Lia

3 comentários:

Meg disse...

Muuuito bom! Owww tava com saudade dos posts! Beijo

Anônimo disse...

Léia - bom demais mesmo!

Casa na Martins já foi o auge hein.... era o must da "sociedade" joseense!
hj em dia até fingem que não sabem onde fica! kkkk eita povinho viu!
Conheço muitos hein - q tinham apto por lá e agora estao na Tabatinga, na Ilha... emergentes S.A.
diz ae - podemos ate citar nomes né! kkkk olha a maldade!

bjos amor - saudades!

Pedro Ernesto

Anônimo disse...

Léia - bom demais mesmo!

Casa na Martins já foi o auge hein.... era o must da "sociedade" joseense!
hj em dia até fingem que não sabem onde fica! kkkk eita povinho viu!
Conheço muitos hein - q tinham apto por lá e agora estao na Tabatinga, na Ilha... emergentes S.A.
diz ae - podemos ate citar nomes né! kkkk olha a maldade!

bjos amor - saudades!

Pedro Ernesto